2011/2012

Os vencedores nas categorias shopping, pet shop e supermercado entre outras

O MELHOR DE SÃO PAULO http://www.camisasmyway.com.br/

Foto: Luciano Munhoz/Época SP; Agradecimentos: Cia Marítima e By Blu Arranjos Florais

FLORICULTURA
Bem me Quer

Em novo endereço depois de 14 anos na Rua da Consolação, a Bem Me Quer Flores e Arranjos chegou à Alameda Lorena. O prédio de dois andares trouxe mais comodidade aos clientes apressados, que agora podem estacionar o carro em vagas exclusivas bem em frente à loja. As vitrines expõem diferentes arranjos, feitos com flores nacionais e importadas. Uma dúzia de rosas colombianas custa, em média, R$ 160. A ousadia da florista Rosângela Duarte se reflete em apostas inusitadas, como as exóticas orquídeas azuis (que passam por uma alteração no caule para ganhar essa coloração), a mais cara entre os exemplares da espécie disponíveis na loja: um vaso custa R$ 200. Entregas na cidade de São Paulo são feitas no mesmo dia, inclusive quando a compra tiver sido feita pelo site. A floricultura entrega também em todo o Brasil e até em países da Europa, como França, Suíça e Itália, e em diversas cidades dos Estados Unidos.    Al. Lorena, 1.968, Jardim Paulista, tel. 3088-5450, bemmequer.com.br

LOJA DE VINHOS
Ville du Vin (Alphaville)

Inicialmente aberta como uma franqueada da Expand, a primeira grande loja de vinhos de Alphaville só melhora com o passar do tempo. Seu dono, Sidnei Brandão, já dirigiu empresas de tecnologia, como a Apple do Brasil e a Gradiente Telecom. Da antiga franquia, ele fez uma “one stop shop”, com rótulos das maiores importadoras do mercado – são 20 mil garrafas de 2 mil etiquetas para pronta entrega. Há até exclusividades, como o espanhol ­Aalto PS (R$ 726). “Só não importo para não concorrer com meus parceiros”, diz. Hoje, a Ville du Vin está em oito endereços, mas é a de Alphaville que mais o orgulha. Em junho, a revista chilena La Cav a colocou entre as dez “top tiendas” do mundo. Inteiramente climatizada, a loja tem uma adega para acomodar preciosidades e uma máquina que serve tintos de alta gama em taças (por até R$ 240). Uma reforma no espaço de 500 metros quadrados permitiu anexar um restaurante, comandado pelo chef Alain Uzan, o mesmo do Félix Bistrô, da Granja Viana. Na noite da visita, o cheiro de frutos do mar em plena cocção mostrou o único ponto fraco da casa: deixar os aromas da cozinha invadirem a área da loja. No andar superior, há espaço para cursos e degustações de confrarias, como a Don Melchor, homenagem ao ícone da chilena Concha y Toro.  Al. Tocantins, 75, loja 2, Alphaville, tel. 4208-6061, villeduvin.com.br

PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
Shopping Vila Olímpia

Grandes janelas garantem a quantidade certa de luz natural. Os móveis são de madeira e as mesas são bem distribuídas, sem aperto entre elas. Plantas decoram o ambiente e assentos acolchoados convidam a permanecer sentado por mais alguns minutos. Quem vai sozinho pode comer no balcão. Grupos maiores conseguem ficar juntos em mesas com oito lugares – coisa rara em outros shoppings. Não é a praça de alimentação com mais restaurantes, mas os 20 disponíveis incluem o essencial em fast-food, com as culinárias árabe, brasileira, italiana e oriental – além de sanduíches, é claro. Ao redor dela, outros sete restaurantes com áreas exclusivas, como Galeto’s, Andiamo e Folha de Uva. De segunda a sexta, o horário de almoço é sinônimo de movimento intenso, algo inevitável em um shopping localizado em uma região apinhada de escritórios. Mesmo assim, a praça não fica barulhenta ou escorrega na limpeza. Terminada a refeição, dá até vontade de ficar um pouco mais. R. Olimpíadas, 360, Vila Olímpia, tel. 4003-4173,scvilaolimpia.com.br

SHOPPING
Iguatemi

Primeiro shopping center do país, inaugurado em 1966, o Iguatemi continua se renovando ano após ano – o que confirma sua escolha como o melhor de São Paulo pelo terceiro ano consecutivo. Só em 2011, o mais badalado centro de compras da América do Sul, conhecido por ter um dos mais caros metros quadrados do mundo, ganhou 600 novas vagas de estacionamento e uma ala gastronômica com filiais dos restaurantes Rodeio e Ritz. Também se tornou pioneiro na era digital: foi o primeiro shopping a lançar um aplicativo para iPhone, que facilita a vida dos clientes. Com o aplicativo, baixado gratuitamente na ­Apple Store (e em breve disponível também para iPad), é possível verificar a localização de todas as lojas, consultar as sessões de cinema de forma inteligente, conferindo apenas as que têm início após o horário da consulta, e – ferramenta valiosíssima para os mais distraídos – ativar o “lembrador de vagas”, com o qual é possível registrar o piso em que parou o carro.

Fora as facilidades digitais, o shopping continua vibrante, com gente moderna e bem vestida circulando pelos corredores. O prédio perde para muitos concorrentes em termos arquitetônicos, mas ganha em efervescência e dinamismo. Suas lojas reúnem as melhores marcas nacionais e um time internacional de primeira linha, com Chanel, Burberry, Gucci, Salvatore Ferragamo, Missoni e Louis Vuitton. O Iguatemi também detém a franquia de marcas como Diane von Furstenberg e Christian Louboutin, lapidadas e guardadas como preciosidades exclusivas. Outras duas grifes badaladas previstas para aportar no local nos próximos meses são a Marc Jacobs, prometida para outubro, e a Bottega Veneta, com inauguração marcada para janeiro. Aos clientes que participam do programa de fidelidade One, o shopping ainda oferece benefícios e mordomias que vão desde desconto no estacionamento até assessoria gratuita de um “personal shopper”: profissional de moda que acompanha o cliente durante as compras de roupas e acessórios.  Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.232, Jardim Paulistano, tel. 3816-6116, iguatemisaopaulo.com.br

É o melhor porque
Há 45 anos continua pioneiro em ousadia, elegância, conforto e grifes de luxo

Escolha do leitor
MORUMBI SHOPPING

Amplo e versátil, tem 480 lojas (incluindo uma Fnac e a maior unidade da Zara no Brasil), quatro salas de cinema  e o mais completo rol de restaurantes em shoppings. Av. Roque Petroni Jr., 1.089, Santo Amaro, tel. 4003-4132, morumbishopping.com.br

METAMORFOSE Filiais do Ritz e do Rodeio foram inauguradas em junho, no térreo. Mesas ao ar livre conferem um ar casual à nova ala. Foto: Fernando Donasci/Época SP

PET SHOP
Cobasi (Villa-Lobos)

Campeã pelo terceiro ano consecutivo, a Cobasi Villa-Lobos entrou no clima dos ferrets. Como o bichinho com ar sapeca da foto acima – acostumado a dividir o tempo entre sonecas na rede e vagarosas espreguiçadas –, os proprietários da melhor pet shop de São Paulo têm poucos motivos para se preocupar com a concorrência. A loja é tão grande e tão completa que, mesmo sem nenhuma mudança estrutural importante desde setembro passado, o troféu continua deles. Matriz da rede, que tem outras 12 unidades em São Paulo e uma no Rio de Janeiro, ela lidera em faturamento e também em ineditismo: o que há de novidade no mercado de pets chega primeiro a suas estantes. Em 11 mil metros quadrados, há mais de 20 mil produtos, entre rações premium, gadgets, cosméticos e farmacêuticos, para diferentes espécies animais. Donos de aves, roedores, répteis, peixes e equinos encontram suprimentos e mimos aqui – além, é claro, de dezenas de filhotes à espera de alguém que os leve para casa.

Em quantas pet shops dá para comprar uma banheira de cerâmica desenvolvida especialmente para chinchilas se “banharem” em pó de carbonato de cálcio? Ou um carrossel para acoplar ao poleiro de uma entediada calopsita? Ou o túnel colorido ali em cima? Para cães e gatos – as verdadeiras paixões nacionais –, há caixas para transporte, coleiras e brinquedos para animais dos mais variados tamanhos. Também é improvável que seu estilo (e sua conta bancária) não se identifique com alguma das diversas opções de roupas expostas nas araras da loja. Roupa para bicho, é claro! Para escolher sem pressa, deixe as crianças entretidas diante das vitrines dominadas por coelhos, hamsters e até miniporcos.

Na área externa, há um centro de adoção, espaço de agility, clínica veterinária, creche, café e estacionamento com cerca de 200 vagas. O ponto fraco é, de fato, a falta de inovação na montagem dos setores e na arquitetura do espaço. Numa cidade com 4 mil pet shops (número idêntico ao de padarias), com novas lojas inauguradas todos os meses, há que se afastar a tentação de dormir no ponto. E, assim, evitar o risco de levar uma mordida no ano que vem.
R. Manoel Velasco, 90, Vila Leopoldina, tel. 3831-8303, cobasi.com.br

É a melhor porque
Seja qual for seu animal de estimação, aqui tem o que você procura

Escolha do leitor
COBASI (VILLA-LOBOS)

VIU UM FURÃO AÍ? Os ferrets estão entre os muitos animais à venda na loja. Aqui você encontra mimos e suprimentos para diversas espécies. Foto: Daniela Toviansky/Época SP

BUTIQUE DE CARNES
Wessel

Ninguém em sã consciência chamaria essa loja de açougue. Lugar de grife é butique. E a grife de carnes de István Wessel também tem a sua. Em refrigeradores impecáveis, o cliente pode se servir de uma farta variedade de cortes bovinos: picanha, fraldinha, bife ancho, bife de chorizo… A seleção de aves inclui pato e codorna. Também oferece diversos cortes de suíno, cordeiro e coelho (este sob encomenda, com entrega em três dias). A carne é comprada de frigoríficos de Mato Grosso do Sul e embalada a vácuo em São Paulo. Há porções para a família e embalagens para dois. O cuidado no preparo se reflete no preço, que em alguns casos pode ser até 50% maior que na concorrência. A loja tem ainda uma boa seção de utensílios para churrasco, como facas, grelhas e espetos. As atendentes foram delicadas e pacientes com nossas perguntas. O melhor jeito de temperar bife de chorizo? “Só pede sal e um fio de azeite”, sugeriram. Ficou uma delícia!  Av. Brigadeio Faria Lima, 2.363, Pinheiros, tel. 3081-8041, wessel.com.br

HORTIFRÚTI
Natural da Terra (Moema)

Simplesmente um chuchu. Inaugurada há dez anos, a primeira loja da rede Natural da Terra – hoje com quatro unidades e outras três em construção na cidade – oferece cerca de 500 produtos hortifrutigranjeiros distribuídos em 850 metros quadrados. Os setores são bem sinalizados e as gôndolas são abastecidas até duas vezes ao dia por funcionários atenciosos. Quase tudo é acondicionado em bandeijinhas de isopor – e o aroma das frutas não se mistura ao cheiro de peixe característico das feiras livres. Os quatro sócios da rede, aliás, são ex-feirantes do Ceagesp, que chutaram os paus de suas barracas para apostar no negócio. Hoje, vendem quase 10 mil quilos de verduras, frutas e legumes só na loja de Moema. Parte dos produtos é exposta já higienizada e fatiada. Há espécies como kinkan ou aspargos peruanos e vasta variedade de orgânicos, sementes, conservas, carnes, patês, vinhos e flores. A casa abre todos os dias, das 7h30 às 22h, e o estacionamento é gratuito.  Al. Dos Nhambiquaras, 1.856, Moema, tel. 5095-3015,gruponaturaldaterra.com.br

PRODUTOS NATURAIS
Mundo Verde (Perdizes)

Nada daquela lojinha tímida, com ar hippie e prateleiras abarrotadas de produtos misturados sem muita lógica. A Mundo Verde elevou o universo “natureba” ao estado de arte. As lojas são arejadas, espaçosas e bem iluminadas, sem perder o charme. Como o simpático casarão amarelo no bairro de Perdizes, uma das 30 lojas na capital paulista. A rede surgiu há 24 anos em Petrópolis, no Rio de Janeiro, e hoje é a maior franquia do segmento na América Latina, com 170 estabelecimentos no Brasil – e dois em Portugal. Tamanho não garante excelência, mas a Mundo Verde também sai na frente no principal quesito: uma ampla gama de produtos naturais. Ali está o básico da dieta natureba, como alimentos integrais, orgânicos, chás e fitoterápicos. A loja de Perdizes também oferece itens para o bem-estar (incensos, massageadores e óleos essenciais), CDs de música new age e até produtos com selo kosher. E, aos sábados, realiza uma feira orgânica. R. Cardoso de Almeida, 1.538, Perdizes, tel. 3926-3506, mundoverde.com.br

SUPERMERCADO
Casa Santa Luzia

Um empório aberto em 1926, na esquina da Rua Augusta com a Rua Oscar Freire, cresceu, mudou de endereço, virou supermercado e hoje está entre os mais completos da cidade. Como parte da apuração para eleger o melhor, a reportagem montou uma lista com 20 itens que supostamente seriam utilizados no preparo de uma refeição completa – com petiscos, entrada, prato principal e sobremesa. A lista incluía desde ingredientes comuns, como nozes, maçã verde e creme de leite fresco, a outros mais sofisticados: queijo grana padano, aspargos frescos, cogumelos paris e azeite trufado. A Casa Santa Luzia foi o único em que não faltou nenhum – e, analisados em uma planilha, os preços não ultrapassaram a média cobrada em endereços como Zaffari, Pão de Açúcar, Empório Santa Maria e Saint Marché (em alguns casos, o preço mais barato foi encontrado no Santa Luzia).

O lugar é imbatível em cafés e chocolates. Há muitos tipos de pães e a mais completa seção de laticínios dentre todos os concorrentes. Seu açougue tem uma excelente variedade de cortes de marca própria. Peca pela oferta bastante limitada de peixes e frutos do mar frescos, mas o deslize é compensado com a melhor seleção de congelados. O cardápio de comidas prontas é igualmente farto. No mezanino, há um café para lanches rápidos e um balcão para encomendas de cestas de presentes. O Santa Luzia conta ainda com seções dedicadas a públicos específicos, com produtos orgânicos, sem lactose, sem glúten ou dietéticos. No térreo, há uma gôndola montada exclusivamente com alimentos kosher (preparados de acordo com a tradição judaica). Tamanha praticidade não encontrou equivalente na concorrência.

A qualidade do serviço também contribuiu para a eleição. Sempre que solicitada, a equipe se mostrou prestativa e atenciosa. Na área de vinhos, é comum haver quatro ou mais funcionários de prontidão para ajudar na compra. Pesa contra ele, além da ausência de uma peixaria, o fato de o estacionamento só ser grátis para compras acima de R$ 50: uma forma de evitar que ele seja tomado por clientes de outras lojas da rua em uma região onde as vagas são disputadíssimas. Para ficar ainda melhor, a Casa Santa Luzia poderia abrir aos domingos. E ter mais espaço nos corredores e na área de hortifrúti. No fim do expediente, às vezes é difícil circular por eles – sinal de que o antigo empório pode crescer ainda mais.   Al. Lorena, 1.471, Jardim Paulista, tel. 3897-5000, santaluzia.com.br

É o melhor porque
Tem tudo que é produto, incluindo alimentos kosher ou sem lactose, e não cobra mais por isso

Escolha do leitor
CASA SANTA LUZIA

ECLÉTICO Em gôndolas e setores especiais, o carrinho é logo abastecido com alimentos kosher, sem glúten, diet ou sem lactose. Foto: Fernando Donasci/Época SP

LOJA DE DESIGN E DECORAÇÃO
Conceito: Firmacasa

Ao longo de quase um quilômetro, a Alameda Gabriel Monteiro da Silva concentra as melhores lojas da cidade quando o assunto é decoração. Com loja própria ou não, marcas famosas do Brasil ou de fora estão representadas aqui. Mas é no número 1.522 que você vai encontrar a mais surpreendente mistura de móveis e objetos contemporâneos, com peças que priorizam, sobretudo, o design. Sofás, almofadas, pufes, mesas, cadeiras, bancos, banquetas, poltronas, jarros, louças exclusivas. Nos dois pavimentos da ­Conceito: Firmacasa, eleita a melhor da categoria pelo segundo ano consecutivo, há estilo até nos objetos mais simples, como um pequeno vaso de vidro colorido importado da Índia – que custa R$ 32 e pode virar uma excelente dica de presente. O acervo de peças mais sofisticadas, muitas delas com assinaturas famosas, também é vasto. Uma mesa de canto dos Irmãos Campana, feita de papelão, sai por R$ 928. A linha de pufes da italiana Baleri, com estampas exclusivas dos estilistas Maurizio Galante e Tal Lancman, custa R$ 3,5 mil cada. E, pagando R$ 286, dá para levar para casa uma almofada com pintura do artista plástico Gustavo Rosa.  Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1.522, Jardim Paulistano, tel. 3068-0380,conceitofirmacasa.com.br

GALERIA DE ARTE
Fortes Vilaça

São Paulo vive um boom de galerias de arte. Algumas apostam em novos artistas, enquanto outras investem em nomes consagrados. A Fortes Vilaça tem um pé aqui, outro lá. Dirigida pela crítica e curadora Márcia Fortes e por Alessandra d’Aloia, a galeria mantém um acervo com 5 mil obras (parte em um galpão na Barra Funda) e negocia trabalhos de mais de 30 artistas, com preços em dólar. Uma porta de madeira assinada por Osgemeos custa US$ 57 mil. Há telas de Vik Muniz a partir de US$ 37 mil, incluindo uma colagem da série Lixo, de 2007, por US$ 80 mil. Outra artista representada pela galeria é Beatriz Milhazes – a mesma que, em 2008, bateu o recorde nacional ao ter sua tela O mágico, de 2001, vendida por mais de US$ 1 milhão na Sotheby’s de Nova York. Hoje, não há obras dela à disposição no local, mas uma exposição está prevista para 2012.  R. Fradique Coutinho, 1.500, Vila Madalena, tel. 3032-7066, fortesvilaca.com.br

MOLDURARIA
Alves

Quem passa pela rua movimentada mal percebe o estreito prédio branco espremido entre outras construções. Para entrar, é preciso tocar a campainha. Indicado pelas melhores galerias de arte e museus de São Paulo, o Alves Escritório de Artes e Molduras desenvolve um trabalho artesanal, com materiais de primeira linha e padrão museológico internacional. Os vidros usados (normais ou antirreflexo) têm proteção UV, as fitas de acabamento são importadas e os papéis têm pH neutro. As molduras podem ser de madeira, metal, alumínio ou acrílico. Uma em formato de caixa, de 40 centímetros por 50 centímetros, em madeira freijó e com vidro normal, custa a partir de R$ 160, enquanto uma similar em acrílico preto sai por R$ 580. O atendimento é feito exclusivamente pela artista plástica Aleide Alves, há 15 anos à frente da molduraria. Não há sala de atendimento. Atrás de uma mesa bagunçada, repleta de materiais, Aleide recebe os clientes ao mesmo tempo que supervisiona os movimentos dos funcionários. Ela também é craque em dar uma mãozinha aos indecisos na hora de sugerir formas e materiais.  R. Cardeal Arcoverde, 1.557, Pinheiros, tel. 3083-3809

MEGALIVRARIA
Livraria Cultura (Conjunto Nacional)

Ao notar uma cliente em dúvida entre dois livros, o vendedor sugere com simpatia que ela se sente em um dos pufes coloridos próximos à área de livros infantis – ou em uma das mesas do café. Assim, ela poderá ler trechos de ambos e folhear à vontade até se decidir. Além de gentis, os 150 funcionários da Livraria Cultura do Conjunto Nacional costumam ser bem informados sobre literatura e sagazes no que se refere às novidades do mercado editorial. Esse atendimento, quase sempre impecável, é um dos principais atributos da melhor megalivraria da cidade. Outro é a infraestrutura. Não há concorrente com um espaço sequer comparável aos 4 mil metros quadrados que formam apenas a loja principal.

Além dela, há outras quatro unidades menores, ali mesmo no Conjunto Nacional, uma dedicada a livros de arte e gastronomia e outras três vinculadas a editoras específicas, como lojas customizadas – uma da Companhia das Letras, uma da Record e uma do Instituto Moreira Salles. Somando as unidades-satélites, são 80 mil livros, 15 mil CDs e 12 mil DVDs em um só endereço. Quem se beneficia com tamanha oferta é o cliente, que dificilmente ouve um “não temos o livro” como resposta ou sai sem uma sacolinha na mão. Na pior das hipóteses, o gentil funcionário checará no sistema em qual unidade da rede há um exemplar disponível e providenciará rapidamente a remessa. Há ainda um teatro, com boa programação, no terceiro andar da loja. Fora isso, o antigo Cine Bombril  – que nos anos 1980 já foi chamado de CineArte – agora é Cine Livraria Cultura e fica bem ao lado dela.

O resultado de tanto zelo é loja cheia, de segunda a domingo. Loja cheia, no caso, não é simplesmente uma figura de retórica. Em média, 5 mil pessoas passam por aqui a cada dia. Os efeitos colaterais de tamanho sucesso são fila de espera para conseguir lugar no café e um permanente zunzunzum, que em alguns horários chega a atrapalhar o momento da leitura. Ou seja: para fazer como a cliente indecisa ali em cima, e ler à vontade trechos de livros até optar por algum, a dica é recorrer às poltronas do terceiro andar, normalmente mais calmo que o térreo. Ou apelar para fones de ouvido, sempre providenciais.  Av. Paulista, 2.073, tel. 3170-4033, livrariacultura.com.br

É a melhor porque
O acervo é gigantesco, os funcionários sabem o que dizem e ninguém implica se você fica lendo por horas

Escolha do leitor
LIVRARIA CULTURA (CONJUNTO NACIONAL)

PUFES DISPUTADOS Cerca de 5 mil pessoas visitam a livraria a cada dia. A multidão lota o café para folhear sem pressa. Foto: Marcelo Donatelli/Época SP

OUTLET
Premium Outlet

O aspecto é o de um shopping de descontos a céu aberto. Seguindo o modelo dos outlets americanos, o Outlet Premium tem estacionamento amplo, banheiros, praça de alimentação e 92 lojas, a maioria de marcas próprias. Ao todo, são 130 grifes, como Empório Armani, Ermenegildo Zegna, Animale, Osklen, Alexandre Herchcovitch, Gloria Coelho, Ricardo Almeida, Lacoste, Arezzo, Spicy e Trousseau. Outras, como a Daslu e a Diesel, abrirão suas portas até o fim do ano. Em todas elas, os descontos podem chegar a 70% do valor da etiqueta. As lojas são espaçosas, têm provadores e os vendedores são quase sempre atenciosos e simpáticos – o que atrai inclusive aqueles que nunca tiveram coragem de entrar nas lojas convencionais (e caras) das mesmas grifes. Abre de segunda a domingo, e o movimento varia de marca para marca. Calvin Klein, Arezzo e Adidas, por exemplo, estão entre as lojas mais concorridas.

Inaugurado em 2009, o espaço fica a 72 quilômetros da capital, em Itupeva, mas os preços compensam o pedágio e a gasolina. Os fins de semana são sempre mais disputados e é comum ver famílias passeando em busca da melhor pechincha. Na loja da Hering, por exemplo, há roupas à venda por quilo: R$ 79,90 as peças para adulto e R$ 89,90 as infantis. Na mais recente visita, a reportagem encontrou um escarpin preto da Emporio Armani com preço reduzido de R$ 2.090 para R$ 627. Costumes masculinos de 180 fios com etiqueta da Zegna custavam entre R$ 1.800 e R$ 3.800. E um sapato social de couro, da mesma marca, saía por ­­R$ 780. Como a maioria das lojas trabalha com coleções passadas, nem sempre as peças mais cobiçadas têm diferentes numerações. Rod. dos Bandeirantes, km 72 (próximo ao Shopping Serra Azul), Itupeva, tel. 4496-7000, premiumoutlet.com.br

É o melhor porque
Você vai adorar remexer as araras da Armani e da Zegna à caça de descontos que chegam a 70%

Escolha do leitor
ADIDAS

A marca esportiva tem dez outlets na Grande São Paulo, incluindo uma loja no Premium Outlet. Em todas, os tênis são os itens mais cobiçados. Em geral, os modelos têm pequenos defeitos ou já saíram de linha.  R. Teodoro Sampaio, 958, Pinheiros, tel. 3891-0798, adidas.com.br

HAJA SACOLA Cena comum nos corredores, cliente sai com as mãos carregadas após percorrer as lojas em busca da melhor pechincha. Foto: Fernando Donasci/Época SP

NOVA LOJA DE MODA PARA MULHERES
Juicy Couture (Shopping Iguatemi)

Queridinha das patricinhas americanas, a grife californiana Juicy Couture chegou a São Paulo em abril, com uma loja no Shopping Higienópolis. A unidade do Iguatemi veio dois meses depois, em junho, com ótimo atendimento e a mesma decoração sensual e vibrante utilizada nas demais lojas da marca no mundo. Famosa por seus tracksuits (conjuntos de moletom) de plush – que vestem ícones pop como Madonna e Jennifer Lopez –, a Juicy Couture faz sucesso principalmente entre jovens de 20 e poucos anos. Além de vestidos, calças e camisetas, metade dos produtos à venda na loja do Iguatemi são bolsas, bijuterias e acessórios. A linha inclui ainda roupas para crianças e até para pets.  Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.232, Jardim Paulistano, tel. 3034-4938, juicycouture.com

NOVA LOJA DE MODA PARA HOMENS
PTRN

Famosa marca brasileira de acessórios para a prática de lutas, a ­Pretorian lançou recentemente sua linha de roupas, a PTRN. E inaugurou, em julho, sua primeira loja, no térreo de um charmoso prédio da Rua Oscar Freire. Um carro antigo reformado e uma Harley Davidson personalizada decoram o ambiente. Capacetes e luvas de boxe compartilham o espaço das bancadas e das araras com calças, camisas, camisetas e casacos da marca. Tudo na loja está à venda, inclusive os capacetes, cujos preços variam de R$ 580 a R$ 750. Camisas de algodão custam em torno de R$ 300 e cintos a partir de R$ 148. Idealizada pelo empresário Ruy ­Drever e pelo estilista Alexandre Bucci, ambos praticantes de MMA (mixed marcial arts), a grife também tem peças femininas – mas são poucas e ocupam uma pequena parte da loja. A maior excentricidade fica por conta de um ringue instalado no primeiro andar. Por ora, restrito a convidados.  R. Oscar Freire, 228, Jardim Paulista, tel. 2344-2255, ptrn.com.br

SITE DE COMPRAS COLETIVAS
GroupOn

Ingressos para um festival sertanejo ou para um show de stand up? Jantar a dois ou feijoada completa? Aula de pilates ou terapia facial? Em uma única semana de agosto, foi possível encontrar ofertas de todo tipo no GroupOn, nosso mais completo site de compras coletivas. A cada dia, há mais de 20 promoções para quem vive na região metropolitana. Os descontos giram em torno de 60% e podem chegar a 90% em algumas ocasiões. As ofertas são apresentadas em seis diferentes categorias, cinco delas por região – norte-leste, sul-oeste, ABC, Guarulhos ou Alphaville –, e uma premium, com produtos de luxo e viagens internacionais. Com 10 milhões de usuários cooptados em pouco mais de um ano no Brasil, o GroupOn é o único da categoria com telefone para atendimento a clientes (funcionou já na primeira tentativa!) e seu aplicativo para smartphone é o mais bem avaliado na loja da Apple.  groupon.com.br

ANTIQUÁRIO
Passado Composto Século XX

Que nossas avós não nos ouçam: objetos produzidos nas décadas de 1960 e 1970 já viraram peças de antiquário. Mais que isso, o passado recente parece ter desbancado definitivamente as tradições mais remotas. Pelo menos no universo do design. Com um vasto acervo vintage – entre estofados coloridos e revestimentos em fórmica –, a loja Passado Composto Século XX virou a queridinha dos decoradores. Ali, não há móveis empilhados ou cobertos de poeira. As peças são dispostas de modo a simular ambientes, como num showroom convencional, e etiquetas revelam sua procedência e o ano de fabricação. Entre os destaques estão lustres que pertenciam ao espólio do finado restaurante do Hotel Ca’d’Oro, inaugurado em 1953 e fechado em 2009, e móveis de designers brasileiros como Sergio Rodrigues (algumas de suas famosas poltronas, concebidas nos anos 1960, custam de R$ 12 mil a R$ 18 mil).
Al. Lorena, 1.996, Jardim Paulista, tel. 3088-9128, passadocomposto.com.br